Nov 9
Veterinários do Serviço Nacional de Sanidade Agrária (SENASA), do governo peruano, visitaram Central ABS, em Uberaba (MG), para assegurar qualidade dos produtos
A genética bovina brasileira é referência mundial e conquista cada vez mais mercados. Os vizinhos peruanos também estão de olho na genética que acelera o progresso do rebanho nacional.
Com o intuito de habilitar a ABS para exportar sêmen e embriões para o país, representantes do Serviço Nacional de Sanidade Agrária (SENASA), do governo peruano, fizeram uma visita técnica na Central ABS em Uberaba, no Triângulo Mineiro.
“O Peru tem grande demanda de genética tropical. Nossos distribuidores ABS no Peru estão pedindo. Então estamos muito felizes em receber os representantes peruanos para demonstrar como tudo é feito, e obter a habilitação para começar a exportar sêmen e embriões”, salientou a Coordenadora de Comércio Exterior ABS, Paula Waeny.
Ao longo do dia, os representantes do SENASA conheceram de perto a área de coleta de sêmen, o núcleo de doadoras de embriões, quarentena, e os laboratórios de embriões, sêmen convencional e sêmen sexado.
“Viemos para fazer essa inspeção ‘in loco’, com o objetivo de habilitar as exportações. A genética brasileira é muito importante para os produtores do Peru porque é uma genética superior. Mas esse material genético tem que ir para o nosso país acompanhado do bom cumprimento dos protocolos sanitários, então é isso que viemos assegurar”, destacou o veterinário do SENASA, Daniel Vásquez Díaz.
O Auditor Fiscal Agropecuário do Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil (Mapa), Fernando Augusto Santos, acompanhou a visita. “Os países querem segurança sanitária e zootécnica do material genético que estão levando. Então o papel do Mapa é garantir a segurança de todos os processos de exportação na central de genética”, enfatizou.
A equipe do Departamento de Relações Internacionais da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), também atua na abertura dos mercados. “Percebemos a grande demanda de protocolos sanitários e habilitações de empresas, como a ABS, por parte de outros países. Nesse contexto, por meio do Projeto Brazilian Cattle, Apex Brasil e ABCZ, temos conseguido encurtar caminhos e estabelecer novas parcerias”, ressaltou Cynthia Araújo Dutra, Analista de Relações Internacionais da ABCZ.
“Construindo essa relação com outros países e trazendo os representantes para conhecer de perto a estrutura e os procedimentos operacionais das empresas, estamos possibilitando que a genética brasileira cruze as fronteiras e beneficie o máximo de pecuaristas”, completou Izabelle Jardim, também do Departamento Internacional da ABCZ.
Marco Saravia Palomino, outro representante do Peru, ressaltou o rigor dos protocolos do país. “Há muita expectativa por parte dos produtores peruanos, mas temos que garantir que esse material genético brasileiro está cumprindo todos os protocolos sanitários do nosso país”.
“Além de analisar toda a parte de documentação, eles conheceram de perto toda a estrutura e procedimentos adotados na ABS. Temos uma genética de ponta, o melhor para fornecer a eles em questão de genética, tanto de sêmen como de embriões”, finalizou Ricardo Micai, médico veterinário da ABS.